Copiloto derrubou o avião de propósito 1
Promotor diz que a cabine foi trancada de propósito e copiloto quis "destruir" o avião
"Suas respostas antes de fechar a cabine eram lacônicas. Sua respiração era normal".
O copiloto do avião que caiu nos Alpes franceses na última terça-feira acionou de maneira deliberada o comando para a descida do avião, impediu o comandante de voltar à cabine e estava vivo no momento final da queda do voo GWI 9525 com 150 pessoas a bordo. Esta é a explicação dada na manhã de quarta-feira pelo promotor de Marselha Brice Robin, que coordena as investigações sobre o caso.
Da gravação recuperada de uma das caixas-pretas é possível deduzir que o copiloto tinha a “vontade de destruir o avião”, disse.
Segundo o promotor, o copiloto foi quem manipulou e acionou "de forma voluntária" a descida da aeronave. Depois, se escutam chamadas do comandante, pelo interfone, identificando-se, mas sem receber respostas do copiloto. "Sua respiração [a do copiloto], aparenta ser uma respiração normal", acrescentou Robin, para explicar que tudo indica, portanto, que ele estava vivo nos momentos finais que antecedem a queda. O promotor sustentou ainda que "nada permite dizer ainda que se trata de um atentado terrorista".
"Os gritos dos passageiros só são ouvidos no último momento", acrescentou o promotor, que destacou ainda que a morte dos 150 ocupantes do avião foi "instantânea".
Na entrevista, Robin também explicou que nos últimos minutos da conversa gravada entre o comandante da aeronave e o copiloto, quando ambos ainda estavam na cabine, o último dava respostas "lacônicas, breves", quando ouvia a descrição do plano de voo até a aterrissagem que ocorreria na Alemanha. Na continuação, o comandante "pediu ao copiloto que assumisse o comando" do avião, para que pudesse sair da cabine. Uma vez fechada a porta, o copiloto não pronunciou mais nenhuma palavra. Não respondeu às chamadas do comandante, que tentava se comunicar com