Copa do mundo
Recentemente em Cape Town, na África do Sul, muitos defendem que o estádio construído para a Copa de 2010 seja demolido, pois ficou um elefante branco difícil de ser mantido.
Algo semelhante se deu com a estrutura montada para os Jogos de Pequim, em 2008, com várias arenas sem utilidade, assim como com a dos Jogos de Atenas, em 2004, que custa ao governo mais de 100 milhões de dólares por mês apenas para manutenção.
Resultado, no caso da Grécia, que estava à beira de quebrar e foi socorrida pelo FMI e pela Comunidade Europeia: o governo não vai mais manter a estrutura e deve entregá-la praticamente de graça para a iniciativa privada.
No Brasil, a questão do legado não foi discutida. E o que se vê nos preparativos da Copa-2014 e dos Jogos-2016 é uma repetição do que tivemos no Pan-2007. O orçamento subiu de pouco mais de 400 milhões para 3,8 bilhões de reais e o legado foi praticamente nulo. Um dos maiores escândalos esportivos deste país e ninguém caiu com isso. Pelo contrário, o mesmo grupo é o que comanda os preparativos para os Jogos de 2016.
Teremos, com absoluta certeza, uma série de elefantes brancos no Brasil, especialmente no Norte e Nordeste, num claro desperdício de dinheiro público.
No Sul e Sudeste possivelmente não, mas arenas como Fielzão, Maracanã e Mineirão serão construídas com dinheiro do contribuinte e não privado, ao contrário do que disse Ricardo Teixeira quando o Brasil garantiu o direito de sediar a Copa, em 2007.
Como praticamente nada foi feito até o início deste ano e as obras começaram a cerca de três anos do Mundial, os preços são mais altos, as empreiteiras ganham mais e os contribuintes só perdem com o novo cenário.
O metro de metrô