rasil Econômico (SP): Para Lula, Bolsa Família não é esmola, mas ‘tecnologia social’ Governo fez festa ontem para comemorar uma década do programa social, com a presença do ex-presidente Por Mariana Mainenti Na festa dos 10 anos do programa mais elogiado dos governos petistas, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva não economizou palavras para responder às críticas de “opositores, jornalistas e analistas” que torpedearam o Bolsa Família em seus primeiros anos. “Ontem eu estava um pouco preocupado em rever o que algumas pessoas falavam do Bolsa Família algum tempo atrás”, disse Lula, ao listar vários apelidos e comentários pejorativos que o programa colecionou de seus críticos: “Diziam: o Bolsa Família forma mendigos; é uma tragédia social; Bolsa-ilusão; Bolsa-eletrodoméstico; uma grande enganação; Bolsa-cabresto”. Lula citou também a crítica de que a fome não seria um problema que justificasse investimentos de R$ 9 bilhões (cifra alcançada pelo programa em2007). “Alguém disse que a fome era um problema de poucas centenas de milhares de pessoas. Em resposta a essa pessoa, investimos hoje R$ 24 bilhões ao ano”, acrescentou. Lançado em outubro de 2003, construído a partir da unificação de diversos programas sociais pré-existentes, o Bolas Família começou com 3,6 milhões de famílias atendidas e orçamento de R$ 3,2 bilhões. Hoje, contempla 13,8 milhões de famílias — equivalente a 50 milhões de pessoas —, ostenta orçamento anual de R$ 24 bilhões e contribuiu para retirar 36 milhões de pessoas da faixa de pobreza extrema, com a contrapartida das famílias de manter suas crianças na escola. O programa coleciona, ainda, uma série de estudos e pesquisas que o apontam como um projeto barato, eficiente ao atingir o público-alvo ao qual se destina—famílias com renda mensal de até R$ 140 por pessoa—e um impacto econômico respeitável. Segundo dados do governo, cada R$ 1� transferido por intermédio do programa provoca um aumento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB).“Bolsa