Copa do mundo é nossa
A promoção de grandes eventos esportivos tem sido uma estratégia de diversos países para a atração de investimentos e de atenção internacional. Os benefícios econômicos destes eventos retratam um argumento utilizado para justificar o esforço e o gasto público para sediar tais eventos. Em 2009 o Brasil, especificamente a cidade do Rio de Janeiro, foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Um amplo estudo do impacto econômico desse evento foi divulgado pelo Comitê Organizador da candidatura brasileira, e os números divulgados ressaltaram os impactos econômicos da realização dos jogos na cidade e no país.
Com base nesse estudo, encomendado pelo Ministério do Esporte, estima-se que o impacto econômico dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos sobre o PIB (Produto Interno Bruto) do
Brasil será de R$ 22 bilhões até 2016, enquanto que, no período de 2017 a 2027, atingirá R$
27 bilhões. Esse estudo indica que os investimentos injetados1 corresponderão um multiplicador de produção de 4,262, o que representa uma movimentação na economia brasileira na ordem de R$ 102,2 bilhões (deflacionados para 2008) no período de 2009 a
2027. Dos 55 setores econômicos, construção civil (10,5%), serviços imobiliários e aluguel
(6,3%), serviços prestados a empresas (5,7%), petróleo e gás (5,1%), serviços de informação
(5%) e transporte, armazenagem e correio (4,8%) serão os mais beneficiados pelo evento esportivo (Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República, 2009).
A Copa do Mundo de 2014 (Copa-2014) representa outro grande evento esportivo programado para o Brasil3. Na sua preparação, uma série de obras de infraestrutura, reformas e construção de estádios estão sendo programadas. Em meados de 2009 as 12 cidades-sede da
Copa, que abrigarão jogos da competição, foram escolhidas: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo
(SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR),
Fortaleza