SUSTENTABILIDADE NOS ESTÁDIOS Em meados de Outubro de 2007, a FIFA anunciou que a sede da Copa do Mundo de 2014 seria o Brasil para a alegria de uns e tristeza de outros. Além de vontade, estudos aprofundados para que as obras realizadas não cause nenhum prejuízo para a população e nem ao meio ambiente. Serão gastos mais de R$ 22 bilhões em infraestrutura, além dos 11 bilhões que serão injetados na economia brasileira, gerando em torno de 3,63 milhões de empregos. Quando um país se propõe a ser sede de uma Copa do Mundo, arcará com altos investimentos que poderiam ser utilizados na saúde, educação, moradia, segurança, entre outros problemas que afetam o funcionamento e a estrutura de um país. Os megaeventos e megaempreendimentos que estão em curso no Brasil “Tem uma raiz mais profunda, quer dizer, tem a ver com o modelo de desenvolvimento econômico predador que reina no Brasil e, especialmente, no Rio de Janeiro”, afirma Roberto Morales, integrante do Comitê Popular da Copa. Estima - se que só no Estado do Rio de Janeiro mais de 3 mil pessoal estão sob ameaça e especialmente na vila Autódromo, Barra da Tijuca, mais de 350 famílias podem ser removidas, tornando clara a ideia dos futuros problemas que poderão surgir. Um dos principais problemas sociais a serem enfrentados na realização da Copa é relacionado à moradia. Consagrada como um direito básico em nossa constituição parece estar sendo esquecida pelo Poder Público. Há relatos de moradores em comunidades carentes, onde a pobreza e a falta de recursos são um grave problema a ser sanado, de ameaças por meio das empresas construtoras com o intuito de intimidar aqueles que por sua condição não conseguem fazer valer os seus direitos. Essas pessoas precisam ser removidas de seus “imóveis” para dar lugar as referidas obras.