controversiadaalbumina
8552 palavras
35 páginas
A CONTROVÉRSIA DA ALBUMINA(The albumin controversy)
Michael R. Uhing
Divisão de Neonatalogia
Medical College de Wisconsin
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
Children´s Hospital de Winconsin
Clin Perinatol 2004; 31:475-488
Realizado por Martha Vieira, neonatologista da Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DF e Hospital Unimed Brasília
RESUMO
Esse artigo revê a fisiologia da albumina e os efeitos da sua administração em várias situações mórbidas, Como há relativamente poucos estudos sobre administração de albumina em neonatos, vários estudos sobre seu uso em adultos foram incluídos. Embora não seja o ideal, esses estudos oferecem a melhor avaliação dos efeitos do uso de albumina em situações clínicas comuns a neonatos e adultos, tais como sepses e manejo hídrico pós-operatório.
A albumina é uma proteína de relativo baixo peso molecular (66 kd) e que contribui em cerca de 75% para a pressão coloidosmótica plasmática, mesmo somando apenas 50% da concentração protéica total do plasma. A albumina é sintetizada no fígado e sua produção é regulada pela pressão osmótica e osmolaridade do espaço extravascular intra-hepático. Depois é lançada à circulação, cumprindo um ciclo de meia vida de 16 horas, em que sai do espaço intravascular para o interstício, retornando através da circulação linfática. A percentagem de albumina que extravasa pelo espaço intersticial capilar por hora chama-se índice de escape transcapilar (TER) e depende da permeabilidade capilar, recrutamento capilar e pressão hidrostática. Sua meia vida é de 17 dias.
De acordo com a lei de Starling, o fluxo de fluidos através de uma membrana capilar obedece a um conjunto de pressões e coeficientes de permeabilidade. Assim, para a formação do edema os valores absolutos da pressão osmótica capilar e intersticial não importam tanto quanto o gradiente osmótico. Outro fator importante são as alterações na permeabilidade capilar. Como nos pacientes criticamente doentes (críticos) a correlação entre a