Controle de Leitura sobre E. H. Carr
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E. H. Carr apresenta a moral no realismo como produto do poder. Sendo assim, o realismo é uma vertente, para Carr, que intensifica a importância do poder e do uso da força como meio de manter a segurança nacional e o equilíbrio de poder no Sistema Internacional, já que esse último é considerado por esse viés como anárquico. O equilíbrio de poder seria então o meio para estabelecer a ordem no Sistema Internacional, por meio da força e armamentos bélicos, pois assim os Estados teriam receios de iniciar uma guerra visto que não possuem certeza de vitória. Os Estados menores, nesse ponto de vista, por não se destacarem nos quesitos território e população, são considerados mais fracos e, portanto, buscam estabelecer acordos com Estados mais fortes. A respeito dos liberais ou idealistas, Carr afirma que o poder e a moral são de certa forma inseparáveis e isso acarretaria na harmonia de interesses, em que o indivíduo, buscando seu próprio bem, estaria buscando o bem de todo o Estado também e assim, é através dessa hipótese de harmonia de interesses que a ordem é estabelecida no Sistema Internacional, pois com ela seriam criadas, respectivamente, Organizações Internacionais, uma governança e por fim um governo supranacional. A moral portanto, para os liberais de Carr, teria mais valor frente ao poder, sendo que a política de Estado deve condizer com a moral, evitando-se ao máximo uma política de poder imoral. A moral, assim, deve ser o meio utilizado pelos Estados para estabelecer a harmonia de interesses. A opinão de Carr a respeito desses paradigmas é de que não adiantaria favorecer apenas uma ou outra, ou seja, não basta a supremacia do poder ou a supremacia da moral, o ideal é que se tivesse um acordo entre ambos, em que os dois são utilizados na melhor forma em cada situação.