Conto o psicopata
Era uma manhã chuvosa de sexta-feira, cedo, frio... Um dia como qualquer outro na penitenciaria de Beaumont. Detentos inquietos a espera do café da manhã, por mais que ruim, a fome é boa cozinheira.
Phill, um jovem recém formado em psicologia e psiquiatria, ingressa na penitenciaria como psicólogo substituto, a princípio por apenas alguns meses, claro que Phill não sabia, mas seriam esses os meses mais longos de sua carreira.
Por volta das 8 horas Phill recebe em sua sala um prisioneiro que lhe chamou a atenção. Era um homem de meia idade com cabelos grisalhos, magro e de boa aparência se comparado aos demais detentos. Não tinha qualquer ligação com os outros detentos, nem se quer apelido, poucos sabiam seu nome, era invisível dentro do presídio e de certa forma até temido pelos demais. Seu nome era Albert, 43 anos, condenado recluso por 35 anos pelo assassinato de uma estudante no colégio onde regia.
- Então Albert, o que o traz aqui? – Pergunta Phill.
Albert, sentado com a cabeça baixa, apenas olha meio de canto para Phill, com um sorriso discreto de sarcasmo no rosto, e responde:
- O estado. – Responde Albert que continua a encará-lo da mesma forma.
- Uhum, penso que o estado tenha algum motivo para trazê-lo a estas consultas, estou certo? – Retruca Phill.
- Talvez o fato de me considerarem um psicopata.
- E o senhor, o que pensa disso?
- Eu concordo.
- Se arrepende? Pergunta Phill, assustado, porém são.
- Me arrependo de ter sido pego. Responde Albert com tom de sarcasmo.
Phill tinha certeza, tratava-se de um psicopata a sua frente. Phill sabia que a única coisa a ser feita era mantê-lo longe da sociedade, coisa esta que felizmente já estava sendo feita pelo estado. Porém, de certa forma isto lhe aguçou a curiosidade e pronto, estava decidido a entender o que se passava em numa mente sombria de um criminoso frio, calculista e incapaz de sentir remorso ou compaixão. Olhando seu laudo médico Phill da atenção à parte