Contexto histórico cultural: segunda fase do modernismo
Porém, o final da década foi melancólico. A crise deflagrada pela quebra na bolsa de New York em 1929 provocou quedas dos índices econômicos em todos os países ocidentais. Todos sofreram em alguma medida as conseqüências do desastre financeiro norte-americano. Recessão e miséria substituíram as altas taxas de crescimento que, mesmo que de forma desorganizada, tinham sido alcançadas até então.
Os países europeus que mais se ressentiram desses fatos foram aqueles já atingidos pela derrota na Primeira Guerra. Neles, começam a ganhar corpo doutrinas totalitárias e salvacionistas. O nazismo alemão e o fascismo italiano conseguiram espaço político cada vez maior ao longo da década de 30. Com uma política belicista e uma propaganda racista, essas doutrinas acirraram ainda mais os descontentamentos decorrentes das questões mal resolvidas após a Primeira Guerra, e canalizaram a insatisfação generalizada com a crise econômica. As conseqüências são conhecidas: em 1939 eclode a Segunda Guerra Mundial.
As pesquisas desenvolvidas a partir das descobertas de Freud têm continuidade nas obras de outros autores, e a Psicanálise permanece viva e influenciando decisivamente a vida cultural do período. Por outro lado, ao longo da Segunda Guerra, impõe-se o poderio político da Rússia. Duas décadas após a Revolução de 1917, o país já era uma das superpotências mundiais. A admiração pelo modelo soviético cresceu no mundo inteiro. Admitindo os