Contabilidade
Antônio Lopes de Sá
Empresa e sociedade
A responsabilidade da empresa, perante o ambiente que a encerra, tem, cada vez mais, sido objeto de estudos, tanto na prática, como na teoria.
Tal ótica foi a que me inspirou a escolher o conceito de “célula social”, para substituir o de “azienda” ou “entidade”, e que adotei em minha “Teoria das Funções Sistemáticas do Patrimônio”.
Em realidade, não se trata, ao pender para o social, de se tomar uma nova posição , pois, há mais quase dois séculos, a questão já era assim objetivada.
O que ocorre, na atualidade, todavia, é uma maior pressão sobre o posicionamento da empresa, como parte de um todo, motivada pela facilidade com que a comunicação se difunde.
As doutrinas patrimonialistas de Masi, a metodologia expositiva da teoria contábil dos grandes autores europeus, desde o século passado, são eminentemente de uma visão que tende a observar as influências dos fatos da riqueza perante ao ambiente externo.
Nesses estudos, destacou-se, especialmente, Alberto Ceccherelli, quando em sua monumental obra sobre analise de balanços (ver bibliografia) estabeleceu correlações de profundo valor cientifico entre o aziendal e o social.
A obra desse mestre italiano, considero uma das mais importantes do século, e base foi para os meus estudos, a partir da década de 60.
Fato é que, todos esses esforços somados, com caráter universal de conhecimento, levam-nos hoje a observar a matéria social como a mais relevante.
Em face da riqueza e seu continente, o socialismo de Estado mostrou-se incompetente, como incompetente vem-se mostrando o uso especulativo do capital.
O verdadeiro sentido de comunidade, de uso adequado do capital, está ocorrendo com a organização da sociedade civil, com a percepção de que é necessário conviver com as pessoas em plano de respeito e igualdade e também com o planeta que é a nossa habitação cósmica.
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