Construção da Política de Assistência Social e as funções da Proteção Social Especial
Publicado em www.promenino.org.br
Por Miriam Abramovay
É muito difícil dar uma definição de família, uma vez que são diversas as suas formas. Os elos que a conceituam podem ser biológicos, jurídicos, econômicos e sentimentais.
Segundo a psicanalista francesa Elizabeth Roudinesco, pode-se distinguir três períodos de evolução da família. O primeiro constitui-se pela família tradicional, formada a partir da escolha dos pais e existia para assegurar a transmissão do patrimônio. O segundo é composto pela família moderna, existente entre o final do século XVIII e meados do século
XX, fundada sobre o amor romântico. Por fim, a família pós-moderna que aparece paulatinamente a partir da década de 60 e que se caracteriza pela união temporária entre indivíduos. A autoridade passa ser questionada e aumenta o número de separações, divórcios e recomposições conjugais.
Os arranjos familiares são nos dias atuais inúmeros. Há a família nuclear, composta pela mãe, pai e filhos; a família monoparental, formada por apenas o pai ou a mãe; a família bi nuclear, aquela em que ambos os pais, mesmo não estando mais juntos, cuidam dos filhos; e a família mosaica ou “ensamblada”, que resulta de novos casamentos, trazendo os filhos das relações anteriores.
Se as configurações das famílias pós modernas são tantas, por que não considerar família uma avó que cria seus netos ou uma irmã mais velha que cuida dos mais novos? Sem falar em mães ou pais que criam seus filhos sem a ajuda de seus parceiros, não entrando no polêmico assunto das famílias de homossexuais. Assim, as famílias podem ter diferentes estruturas, condições de vida, valores e formas de funcionamento.
Como a escola lida com os novos modelos de família?
Tanto a escola quanto a família gravitam em torno de um mesmo interesse: a criança, o adolescente ou o jovem. No entanto, existe uma relação tensa e conflituosa, onde a insatisfação e as queixas aparecem em ambos os lados. A escola joga a