Considerações acerca da concepção do pe. jesuíta jorge benci
O presente texto tem como objetivo de decorrer sobre a percepção do Pe. Jesuíta Jorge Benci perante o vínculo social estabelecido por senhor e escravo. Para tal fim, utilizamos o texto, intitulada Economia Cristã dos Senhores no Governo dos Escravos, que foi publicado após a licença concedida por seus superiores. De principio podemos dizer que Jorge Benci direcionou, sobretudo, para as elites coloniais e explicitamente apresentou sua pretensão à reforma da escravidão colonial.
As questões abordadas por Benci em seu discurso baseiam-se três princípios fundamentais que compreendem as obrigações que deve o senhor ao servo. O pão, castigo e trabalho. Abordando com ênfase o primeiro princípio, o autor argumenta que era de total necessidade por parte do senhor fornecer o pão, ou seja, o sustento para seus escravos. Pois os escravos eram voltados a produzir bens para seus senhores, portanto, caberia somente a ele fornecer alimentos para que seu subordinado não viesse a desfalecer. Nesse contexto o autor ainda enfatiza em uma passagem de seu discurso “Imposta pela lei natural, e tão autorizada pelo Direto humano e muito mais pelo divino". Pois, nem Deus ao castigar Adão, o privou do pão. Debruçando nas conseqüências - caso viesse a ocorrer a privação do pão-, o jesuíta aborda que não ocorreria o pecado se os escravos viessem a furtar alimentos para suprir suas próprias necessidades,pois,o fato só ocorreria por negligencia dos senhores.
Outro fator elencado pelo religioso é o fato de outrora os escravos serem obrigados a trabalharem nos domingos. Levando em consideração preceitos religiosos condenando aos que praticavam o "pecado mortal”, portanto, defendia a todos nesse respectivo dia. Partindo dos mesmos aspectos, Benci prossegue em seu discurso enfatizando que fornecer o pão, libertar os negros aos domingos não é uma obrigação isolada. Era necessário, portanto, fornecer-lhes as vestimentas. Pois, a origem da