CONSEQUENCIAS DA INSTALAÇÃO DO PORTO DO AÇU NA LAGOA DE IQUIPARI

Universidade Federal Fluminense
Polo Universitário de Campos dos Goytacazes Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional Departamento de Geografia Disciplina: Ecologia Aluna: P e N

Consequências da instalação do Porto do Açu no ecossistema da lagoa de Iquipari

Campos dos Goytacazes, RJ
2013
Introdução A construção do complexo industrial do Porto do Açu, da empresa LLX, em São João da Barra, Rio de Janeiro, vem provocando inúmeras consequências na vida da população de seu entorno com desapropriações, salinização das terras dos agricultores e das águas das lagoas e canais. Mesmo com a empresa à pedido do INEA criar uma Reserva Particular de Patrimônio Nacional, de aproximadamente cinco mil hectares para de certa forma reverter os danos ambientais, os prejuízos da população é muito maior. Esse complexo industrial que conta com estaleiros, siderúrgicas e termoelétricas, é o responsável pela salinização das águas superficiais e subterrâneas da região. Sendo ressaltado apenas nesse projeto o recorte espacial da Lagoa de Iquipari, localizada em São João da Barra, nas coordenadas 21° 48’S de latitude e 41° 03’ E de longitude. Onde ela é um sistema derivado do barramento natural de um pequeno curso de água de segunda ordem do rio Iquipari, que por sua vez é um sistema resultante de canais abandonados do delta do Rio Paraíba do Sul. A nascente da lagoa está fora dos limites do complexo, mas, no entanto suas cabeceiras foram aterradas para a construção do distrito industrial. Para que houvesse a condição da instalação de um porto nessa região, foram feitas dragagens da areia do mar para aumentar a profundidade e assim permitir o acesso de grandes navios à essa área. Suspeita-se que a salinização se deu por conta da dragagem da areia do mar que foi depositada às margens da lagoa erroneamente, pois junto com essa areia úmida retirada do mar