Conflitos na Republica Democrática do Congo

Civis da República Democrática do Congo continuam vitimas de assassinatos em massa, tortura e estupro por diversos grupos armados. Estima-se que mais de 5,4 milhões de civis foram mortos desde 1996. Entre esses grupos, constam os rebeldes das Forças Democráticas de Libertação de Ruanda (FDLR), os quais são capazes de queimar vilarejos e matar pessoas inocentes. Mas até o exercito congolês age contra os civis através de saques e violência de gênero contra o povo que deveria ser protegido por eles. Outra grande ameaça na região é o grupo de rebeldes LRA liderado pelo criminoso procurado mundialmente, Joseph Kony. Estes rebeldes sequestram crianças e as utilizam como soldados nos conflitos. Apesar de terem o segundo maior exercito de manutenção de paz atuando no país (MONUC), a paz parece estar longe.
O mundo ocidental diz que esses conflitos são étnicos, culturais, mas nunca menciona um dos principais motivos, a disputa por recursos naturais do país. Desde o fim do século passado, a República Democrática do Congo tem sofrido atrocidades devidas sua abundancia de riquezas naturais. O primeiro a explorar a região foi o rei belgo Leopoldo II. Ele não só explorou as riquezas, mas também cometeu crimes contra a humanidade. Estima-se que mais de 11milhões de pessoas foram mortas entre 1870 e 1920, sendo este considerado uma das maiores catástrofes da historia. Muitos autores não consideram essas mortes como genocídio porque não tinham como propósito a eliminação de um grupo étnico, mas sim punir aqueles que não obedeciam ao regime brutal do rei belgo. No entanto, não se pode negar que estas mortes tinham proporções de genocídio.
Hoje, a situação continua semelhante com a de um século atrás, mas os agentes são outros. De acordo com a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas no Congo, são claras as evidencias de genocídio entre 1994 e 2003 na região leste do país. O interessante, é que nesse caso, os responsáveis pela limpeza ética são as vitimas do genocídio de