Conectando pessoas, práticas e saberes: os agentes culturais
Grupo PET/Conexões de saberes em Produção Cultural
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- Nilópolis[1].
Tutora: Profa. Dra. Fernanda Delvalhas Piccolo
MACHADO, Caren Honiqui Ferreira; ABREU, Carla Ferreira; AZEVEDO, Laura Santos Ferreira; SILVA, Maria da Glória Santos; MENDES, Rodrigo Dias. pet.procultura@ifrj.edu.br Palavras- chave: Agente cultural, conexão, práticas, saberes.
Introdução
No mundo contemporâneo, novas modalidades turísticas surgem para responder as exigências do mercado consumidor, que não quer se contentar apenas em conhecer os pontos turísticos famosos. No Brasil, uma das modalidades mais procuradas pelos turistas estrangeiros são os “tours sociais” ou turismo alternativo pelas favelas cariocas. Contudo, salienta-se que esse tipo de turismo não é uma novidade, já que, são de conhecimento as visitas, décadas atrás, de estrangeiros em busca do “mundo exótico” da favela carioca. De acordo com, FREIRE- MEDEIROS[2] (2007, p.64) “foi apenas na década de 1990, com a Eco-92, que essa prática adquiriu proporções maiores”.
Assim como outras favelas com as mesmas características sociais, como por exemplo: a Rocinha, a primeira a figurar, em 1992, entre as tours da cidade, a favela Santa Marta[3] tornou-se também referência para esse tipo de turismo em todo o mundo a partir do momento em que o astro pop Michael Jackson esteve no local gravando o vídeo clipe do hit “Don’t care about us”. Desde então, os flashes se voltaram para o morro e diversos artistas, nacionais e internacionais, passaram por ali para gravações de renomados trabalhos ou para simples visitação, sendo este o ponto crucial para o crescimento da atividade turística na comunidade por alguns moradores que visionaram uma lucrativa fonte de renda nas vielas onde antes dividiam espaço apenas com o tráfico.
Nesse contexto, surgem os “agentes culturais”, geralmente pessoas oriundas