Concordancia Nominal
Repare nestas duas frases:
I. Os ladrões fujões.
II. Os ladrão fujão.
Apesar de as duas frases apresentarem poucas diferenças, o sentido de ambas é igual e não se compromete com as alterações. Em qualquer das frases podemos depreender que se está falando de mais de um ladrão (plural).
Vocês devem estar pensando: “então para saber que se trata de plural, basta colocar no plural apenas o artigo ‘o’?” Sim, apenas uma marca já dá a dica que temos um plural. Há línguas, por exemplo, em que esta marca aparece apenas uma vez na frase, e basta!
Mas, antes que você saia escrevendo na sua redação “os ladrão fujão”, é bom que entenda que a frase II, apesar de completamente compreensível, não está de acordo com os padrões gramaticais da língua culta. Na língua portuguesa, a marcação de plural, assim como a de gênero, é redundante, ou seja, é marcada mais de uma vez na frase (o que explica o uso econômico da frase II por alguns falantes). É por isso que se pretendemos usar a norma padrão devemos optar pela frase I, na qual o artigo e o adjetivo estão em concordância com o nome (substântivo) a que se referem. A esta harmonia das flexões de gênero e número entre artigos, pronomes, numerais, adjetivos e substantivos damos o nome de concordância nominal.
Falando assim parece fácil: O(s) ladrão (ões) fujão (ões). E é! Mas há casos em que a concordância nominal gera dúvidas. Vamos a eles!
1. Adjetivo referido a mais de um substantivo
Neste caso vamos considerar duas possibilidades: o adjetivo pode vir posposto ou anteposto aos substantivos.
• Adjetivo posposto a vários substantivos:
a) Com substantivos de mesmo gênero
O adjetivo pode ir para o plural, concordando com os substantivos em conjunto, ou concordar em número com o substantivo mais próximo.
Ex.: Sou professora de língua e literatura inglesa./ Sou professora de língua e literatura inglesas.
b) Com substantivos de gêneros diferentes
O adjetivo pode ir para o plural masculino,