Conclusão Gabriela Cravo e Canela
A história de Gabriela, cravo e canela se passa em Ilhéus, na década de 20, período em que a cidade era rica devido à exploração do cacau, e ansiava progressos e desvendava a noite litorânea em meio a bares e bordéis. O livro conta a história de amor, que desafia os costumes da sociedade da época, entre a sertaneja Gabriela e o árabe Nacib.
Tudo teve início quando o fazendeiro Jesuíno Mendonça, não sendo homem que aceitasse traição, matou sua esposa e o cirurgião-dentista, moço recém-chegado à cidade. O árabe Nacib é dono de um bar e por mais que esteja envolvido com a notícia precisa focar em seus interesses, pois sua cozinheira, Filomena, foi embora morar com o filho, às vésperas de um jantar muito importante.
Capa do livro Gabriela Cravo e Canela
Nacib acaba encontrando Gabriela, uma retirante que chegava à cidade em busca de melhores condições, e a emprega como nova cozinheira. Sem ter certeza dos dotes culinários da moça, o árabe fica meio desconfiado, mas se arrisca e a leva para o bar, então logo é surpreendido com as qualidades de Gabriela que ultrapassam as habilidades gastronômicas.
A beleza, sensualidade, simplicidade e espontaneidade de Gabriela são capazes de despertar fascínio em todos que se aproximam dela. A obra é rica em ciúme, traição, rompimento e reviravolta que permeiam a paixão ardente ente Nacib e Gabriela.
Na década de 1920, o cacau vive um período de “ouro” em Ilhéus e é possível perceber as mudanças sociais que ocorrem na Bahia, fato que inclui a abertura do porto para os grandes navios, fato que levou o carioca Mundinho Falcão à ascensão e os coronéis ao declínio, igual Ramiro Bastos.
Gabriela é a personificação das transformações que ocorreram em uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária que foi afetada pela renovação cultural, política e econômica.