Conclus o do envelhecimento
O envelhecimento da população brasileira acompanha uma tendência internacional impulsionada pela queda da taxa de natalidade e pelos avanços da biotecnologia. Os indicadores selecionados para análise deste contingente populacional revelam que seu crescimento não ocorre apenas em níveis absolutos: é particularmente relevante o aumento dos domicílios sob a responsabilidade dos idosos. Nesse sentido, os dados revelaram uma certa melhora nos rendimentos médios percebidos pelos responsáveis idosos no período intercensitário, principalmente nas zonas rurais do País. Contudo, de uma forma geral, a distribuição dos responsáveis idosos por classes de rendimento ainda se encontra extremamente concentrada nos estratos de renda mais inferiores. Por outro lado, esses responsáveis também apresentaram uma ligeira melhora no aspecto educacional, aumentando a proporção de idosos alfabetizados entre 1991 e 2000, embora a média de anos de estudo deste segmento ainda seja extremamente baixa, com cerca de 60% dos responsáveis idosos considerados analfabetos funcionais.
Assim, o ritmo acelerado de crescimento da taxa de participação dos idosos levanta importantes debates quanto à capacidade da sociedade em se adaptar à essa realidade em mutação. Se, por um lado, a universalização dos benefícios da seguridade social foi fundamental na melhoria dos rendimentos dos idosos, por outro o aumento do contingente de idosos provoca fortes pressões no sistema previdenciário e de assistência social. Em paralelo, a redução do número médio de componentes da família sob a responsabilidade dos idosos e o concomitante aumento da proporção de idosos vivendo sozinhos trazem à tona questões sobre as condições que devem ser oferecidas a esses idosos, com tendência de vida cada vez mais autônoma e integrada. Por fim, um dos temas bastante abordados na 2ª Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento da ONU foi o incentivo a ser dado sob a forma de ações governamentais, econômicas,