Comunicação

CAPITAL SOCIAL
O capital social é considerado um conjunto de recursos reais ou potenciais, que se conectam a participação em uma rede durável de relações mais ou menos institucionalizadas de reciproca familiaridade e reconhecimento, assim providenciando para cada membro o suporte do capital de propriedade coletiva. Ou seja, o capital social, para o autor, não se encontra nos indivíduos, mas ao contrário, encontra-se embutido nas relações sociais das pessoas, surge da formação de laços em redes, sendo estas familiares e/ou reconhecidas. (BOURDIEU, 1980)
Já Putnam (2000) acredita que o capital social é um agregado de recursos que é possuído pelo grupo social, ou seja, o grupo também tem capital social não sendo restrito apenas ao individuo. Todas as trocas realizadas serão capital social, sejam essas trocas as informais vigentes em cada post, em comentários, em comentários de discussões. As pessoas procuram as agremiações por identificação com a sua proposta e com seus integrantes. Elas vão atribuir valores, importância ao pertencer e esse é capital social.
Os dois autores possuem conceitos bem divergentes. Enquanto para Putnam o capital é um agregado de recursos obtidos pelo grupo, Bourdieu acredita que o capital é apenas uma consequência das relações sociais.
De acordo com Coleman (1988), o capital social é um bem que está de modo direto integrado na estrutura social, contido nas conexões que são construídas pelos atores e que organizam os grupos sociais. Como socialmente o pertencer a um grupo não é um fato dado, mas algo que requer investimento de recursos pessoais depende ainda de investimento dos indivíduos. Sem investimento, os laços sociais tendem a enfraquecer com o tempo, depreciando o capital social de um determinado grupo. E são os investimentos que mantêm os laços sociais.
Apenas os membros mais participativos, aqueles que buscam criar laços dentro das comunidades e fixarem-se sobre os assuntos abordados pelos outros membros terão o domínio