Comunicação e expressão - unidade 5 (2013
Em Paris, justamente depois de escura e tormentosa noite, no outono do ano 18..., desfrutava eu do duplo luxo da meditação e de um cachimbo feito de espuma-do-mar, em companhia de meu amigo Auguste Dupin, em sua pequena biblioteca, ou gabinete de leitura, situado no ter¬ceiro andar da Rua Dunôt, 33, Faubourg Saint-Germain. (...) a porta de nosso apartamento se abriu e entrou o nosso velho conhecido, Monsieur G..., delegado de polícia de Paris.
Recebemo-lo com cordialidade, pois havia nele tanto de desprezível como de divertido, e não o víamos havia já vários anos. Tínhamos estado sentados no escuro e, a entrada do visitante, Dupin se ergueu para acender a luz, mas sentou-se de novo sem o fazer, depois que G... nos disse que nos visitava para consultar-nos, ou melhor, para pedir a opinião de meu amigo sobre alguns casos oficiais que lhe haviam causado grandes transtornos.
Sobre o foco narrativo, vários teóricos afirmam ser o narrador-testemunha o mais usado em textos de suspense como este de Edgar Allan Poe, em que aparece o famoso detetive Dupin. Trata-se de um foco estratégico para manter a curiosidade do leitor.
Tendo em vista o fragmento do conto e a afirmação dos teóricos sobre o foco narrativo, escolha a alternativa correta:
Resposta
Resposta Selecionada: c.
A estratégia consiste, basicamente, em escolher como narrador uma voz impessoal que tudo sabe e tudo vê. O leitor, assim sabe, antes desse narrador, as etapas do brilhante raciocínio do detetive que, apenas no final da história, desvenda a solução do mistério investigado para as outras personagens.
Resposta Correta: d.
A estratégia consiste, basicamente, em escolher como narrador uma personagem que sabe apenas aquilo que o detetive revela e explica. O leitor, assim procura, junto com o narrador, descobrir as etapas do brilhante raciocínio do detetive que, apenas no final da história,