Computaçãográfica e Cinema
Quem assistiu a Toy Story (o primeiro ou o segundo) com certeza se lembra do astronauta de brinquedo Buzz Lightyear. Com aquele jeito durão de andar, roupa de astronauta, muito animado e companheiro, ele encantou o mundo. Muita gente não sabe, mas Toy Story foi o primeiro filme em desenho animado feito totalmente em computador, em 1995. Depois vieram Vida de Inseto, FormiguinhaZ, Shrek, Monstros S.A., A Idade do Gelo, Final Fantasy, entre outros. Mas Toy Story foi o primeirão. Em 1996, uma produção brasileira também brilhou entre as primeiras produções do gênero: a animação Cassiopéia, de Clóvis Vieira.
O principal criador de Toy Story, John Lasseter, trabalhava nos estúdios Walt Disney, onde os desenhos são feitos do modo tradicional, à mão. Na década de 80, quando descobriu a possibilidade de criar no computador mundos tridimensionais - ou seja, com altura, largura e profundidade - foi trabalhar com George Lucas, o criador da série Guerra nas Estrelas.
Desde então, Lasseter vem desenvolvendo o uso do computador no desenho animado. Foi ele o principal responsável por outros grandes sucessos do gênero da Disney: Vida de Inseto e Toy Story 2.
Os desenhos animados tradicionais reproduzem melhor os movimentos dos personagens. Mas os filmes computadorizados facilitam na hora de fazer coisas complicadas, como os movimentos de câmera, por exemplo.
O mais difícil no desenho por computador é reproduzir os movimentos humanos. Até porque pessoas têm uma porção de músculos, que se contraem de maneiras diferentes. E pessoas não têm pêlos para esconder os músculos, como os cães; usam roupas, que se mexem de acordo com seus movimentos. Talvez por isso Lasseter tenha escolhido brinquedos e insetos para os principais personagens de seus filmes.
Pelo pioneirismo dos filmes, a equipe de Lasseter teve de inventar muita coisa. Como desenhar pêlos de cachorro no computador? Como imitar a grama? Por outro lado, vantagem é o que não falta.