Comportamentporganizacional
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Pedem-se desculpas aos leitores do CPq, por derivarem-se as reflexões nesses dias. Por óbvio, o assunto em pauta tem de ser Bento XVI: sua renúncia humilde, sua oblação silenciosa, seu intrépido coração. Contudo, diante da notícia de um sacerdote infiel na Arquidiocese de Niterói, os meios de comunicação têm insistido sobre a dispensa da disciplina do celibato para os padres. Outro dia voltar-se-á ao caso do Pe. Emilson Soares para dar informações importantes. Neste texto, entretanto, pretende-se refletir sobre o texto do excelente Reinaldo Azevedo.Se pudesse ensejar uma conversa com o Reinaldo Azevedo acerca do seu texto sobre a conveniência do celibato para os sacerdotes, faria-o deste modo:
Caríssimo tio Rei (posso chamá-lo assim?),
Tenho de dizer que seu último texto não foi agradável de ler. Sei que agradabilidade do que se aprende ou estuda não é um requisito de veracidade. Contudo, a causa do desagrado não foi apenas a ênfase do discurso ou o vocabulário escolhido. O desagrado surgiu justamente da inveracidade do conceito. Entendo, tio Rei, que o âmago do seu texto, o princípio motor, a causa final do seu texto está enormemente equivocado. E também os aspectos acessórios padecem do mesmo erro. Já adianto qual o objeto da contenda para que não haja dúvidas.
Diferente do articulista de Veja - que respeito e considero um dos mais destemidos e perspicazes em assunto de política - a conservação da Igreja Católica não depende da abolição do celibato sacerdotal. A Igreja definitivamente não corre risco de acabar por causa dos “escândalos” que recaem frequentemente sobre seus ombros. Não, tio Rei, não vou usar um argumento teológico para acabar o debate. Não é que "portae inferi non praevalebunt" (Mt 16,17ss). Bem, pelo menos não é só isso... rsrsrs...
Tem algo mais que o dado teológico, Reinaldo. É que, usando a lógica tão querida do amigo, quando o senhor afirma que o celibato fará perder a Igreja, também permite a dedução que o casamento a salvará. Ora, se