Como a embrapi pode dar certo?

Como a EMBRAPI pode dar certo? Recentemente o MCTI (Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação) e a CNI (Confederação Nacional da Industrial) assinaram o memorando de entendimento para a implementação da Empresa Brasileira de Pesquisas Industriais (Embrapi). A Embrapi é uma empresa cuja idéia central é suprir o gargalo que existe entre o ambiente acadêmico e o setor produtivo, ou seja, o objetivo central da Embrapi é “agilizar e facilitar o processo inovativo, que é interrompido entre a produção e a fase negocial, aproveitando a boa experiência da EMBRAPA que servirá de exemplo” (Renato Dagnimo, 2011). Vale lembrar que o projeto terá como modelo o Instituto Fraunhofer/Alemanha. A Embrapi irá funcionar através de uma estrutura enxuta, com uma gestão majoritariamente privada que trabalhe articulando as ações de institutos de pesquisa já existentes. Na fase inicial serão montados convênios com três instituições, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio de Janeiro, e um centro de excelência do Senai na Bahia. A meta é atingir, até o final de 2014, 30 centros de excelência. Resumindo, a Embrapi será uma espécie de organismo certificador para que estas instituições mantenham a competência. O texto a “Embrapa da industria vai funcionar?”, faz um questionamento, para responder a tal pergunta, é saber se a elite industrial “brasileira”, que ao contrário daquela do agronegócio, vem sendo afetada há duas décadas por um processo de desindustrialização e desnacionalização e, mais recentemente, pela “ameaça chinesa”. Analisando o cenário atual, constatamos que a ameaça chinesa, deixou de ser uma simples ameaça e passou a ser algo concreto, isso pode se constatar quando analisamos alguns segmentos da indústria, mais de 80% das empresas deixaram de fabricar e se tornaram importadoras. A desindustrialização é algo vem sendo estudado a partir da Teoria da Doença Holandesa que a teoria prega que um aumento de receita