Como fazer apresentações
Revista Exame
Edição 1024 ANO 46 . N°18 19/09/2012
Por que empresas com mulheres no comando estão se saindo melhor que as outras?! Cristiane Mano, de Nova York Começamos falando de uma importante parte do restrito grupo de mulheres na instância máxima de poder das empresas brasileiras, temos como exemplo a paulista Flávia Almeida e a carioca Deborah Wright, conselheiras da RENNER. Elas são hoje as duas mulheres entre os oito profissionais a participar das reuniões mensais do conselho de administração da varejista, que faturou 2,9 bilhões de reais em 2011. É a proporção mais equilibrada entre homens e mulheres ao longo de mais de três décadas de existência do conselho da empresa. Deborah tem sua quarta experiência num conselho e Flávia já trabalhou na consultoria McKinsey e dirigiu a holding Morro Vermelho, dos controladores da Camargo Corrêa. São raríssimos casos como o de Flávia e Deborah hoje no Brasil, sendo que as mulheres ocupam apenas 5% das vagas nos conselhos de administração do país, lembrando que pelo menos metade destes postos são ocupados por herdeiras. Um levantamento realizado pelo banco Credit Suisse com 2.360 empresas em 46 países mostram que 41% delas já tinham mulheres no conselho em 2005 e no ano de 2011 aumentou para 59%. O lucro das empresas com pelo menos uma mulher no conselho cresceu mais e o endividamento foi menor. A consultoria McKinsey e a organização Catalyst, chegaram a conclusões semelhantes de que a diversidade de gêneros ajuda a trazer resultados melhores. A primeira conselheira de administração de uma companhia nos Estados Unidos foi Lettie Pate Whitehead, na Coca-Cola, em 1934. Em maio de 2009, Ursula Burns assumiu a presidência executiva e do conselho de administração da Xerox, mais de sete décadas depois de Lettie. Diversos pesquisadores, a partir dos anos 60 passaram a concordar que as mulheres tendem a ser mais colaborativas e