Como falar no rádio
A linguagem radiofônica compõe-se de três itens: a palavra falada, a música e os efeitos sonoros. Mas a importância de cada elemento irá variar dependendo do programa a ser apresentado. Por exemplo: em um programa jornalístico a palavra é que tem importância fundamental. A voz trabalha no campo da consciência, e os demais elementos, no inconsciente do ouvinte. O rádio não necessita de atenção exclusiva como a TV e o jornal impresso. O ouvinte pode estar trabalhando, estudando, dirigindo um carro, comendo, caminhando, e mesmo assim poderá estar ouvindo rádio. É por isso que o ouvinte precisa ter sua atenção despertada a todo o momento, E essa exigência de atenção constante é uma das mais sérias desvantagens da radiodifusão.
Um bom programa de rádio deve ser coloquial, que é a linguagem usada no nosso dia a dia, o suficiente para ser compreendido independente de classes sociais. E é muito importante não cometer um erro frequente: confundir coloquialidade com pobreza vocabular.
Os radialistas, jornalistas e locutores, de um modo geral, para valorizar as suas transmissões aprendem a explorar recursos da linguagem radiofônica como na forma de falar, a dicção e locução. Técnicas como ênfase de palavras, velocidade e melodia da voz são treinadas e exercitadas de maneira praticamente teatral.
ESTILO
Os locutores passam alegria e jovialidade, alto astral, o que é adequado a um programa popular, mas em alguns momentos soa forçado, pouco condizente com a forma como o tema é abordado e com o texto, o que pode “desligar” o ouvinte da importância do assunto tratado. É necessário uma adequação entre os três níveis: o texto, a forma de abordar os temas e a locução, sempre buscando a coloquialidade, a naturalidade, o tom de conversa com o ouvinte.
FORMATO
O formato revista (ou miscelânea) é um dos mais interessantes. Agrega uma grande variedade de outros formatos (ou quadros) tanto do gênero jornalístico, quanto dos gêneros musical, dramático,