Como diagnosticar a Hipertensão Sistólica e Diastólica
O diagnóstico da hipertensão arterial é realizado a partir de medidas da pressão arterial, além da associação com fatores de risco, lesão de órgãos-alvos e comorbidades. Assim, na entrevista clínica, deve-se investigar, além da hipertensão propriamente dita: tabagismo, dislipidemias, sobrepeso e obesidade, diabete melito, idade acima de 60 anos, história familiar de doença cardiovascular (em mulheres com menos de 65 anos e homens com menos de 55 anos), ingestão de sal e álcool, prática de atividade física, consumo de medicamentos que possam interferir com a pressão arterial, episódio isquêmico ou acidente vascular cerebral, nefropatia, doença vascular arterial de extremidades, retinopatia hipertensiva, entre outros fatores de risco.
O passo-a-passo para a medida da pressão arterial é:
1. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; praticou exercícios físicos; ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes. Permanecer sentado, com as pernas descruzadas e braço na altura do coração.
2. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos antes da medida, em ambiente calmo e temperatura agradável.
3. A largura da bolsa inflável do manguito deve ser de tamanho adequado (a largura da bolsa inflável deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento deve envolver, pelo menos, 80% do braço).
4. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até o desaparecimento do som do pulso, para estimar a pressão sistólica.
5. Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial.
6. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica. Desinflar lentamente.
7. Determinar a sistólica no momento do aparecimento dos sons e a diastólica no desaparecimento dos sons. Não arredondar os valores para dígitos terminados em zero ou cinco.
8. Aguardar de 1 a 2 minutos para realizar nova medida.
Na primeira avaliação, como recomendado pela IV Diretrizes Brasileiras de