Comissão da Verdade
ENEDINA GIZELI ALBANO MOURA
A COMISSÃO DA VERDADE
TERESINA
2012
Comissão da Verdade
Enedina Gizeli
Recentemente no Brasil, foi criada uma Comissão para apurar os excessos praticados durante os regimes de exceção que governaram o País na segunda metade do século XX. A Comissão da Verdade “conquistará” um longo e polêmico debate sobre o referido momento histórico do Brasil, abrindo feridas que supostamente já teriam sido tratadas pela lei de anistia. Por delegação da presidente Dilma Rousseff, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), está fazendo consultas e convites para os componentes dessa comissão. A mesma será composta por sete componentes, dentre eles o ex-ministro Nilmário Miranda e o cardeal Dom Evaristo Arns, que tem sua história ligada à defesa dos direitos humanos, em especial dos opositores do regime militar, mas suas condições físicas, seu estado de saúde e a idade avançada devem impedir que seja escolhido. A comissão terá um tucano: José Gregori ou Paulo Sérgio Pinheiro. E um familiar de vítima da repressão pela ditadura militar: Clarisse Herzog, mulher de Vladimir Herzog, ou Vera Lucia Facciolla Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva. As decisões da Presidente não são advindas apenas de seus conhecimentos e relações, ela recebeu indicações dos ministros Maria do Rosário (Direitos Humanos) e José Eduardo Cardozo (Justiça), e 50 sugestões de familiares de vítimas. Ela também ouviu o seu ex-marido, Carlos Araújo, e o ex-presidente Lula. Ainda estão abertas vagas para jurista e historiador, com o sétimo nome de escolha da presidente. A comissão foi criada para apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar (1964-1988). “A Comissão da Verdade, ao contrário do que alguns andaram dizendo, não tem nada a ver com revanchismo. É uma lei do Congresso aprovada pela