Comentário sobre o filme crash no limite baseado na psicologia social: preconceito, estereótipos e discriminação.
O filme de Paul Haggis aborda o preconceito e a discriminação em uma sociedade repleta de diferenças. Crash, que em inglês significa colisão nos permite fazer uma analogia à colisão de valores, conceitos, etc. A trama se passa em Los Angeles e com pessoas de distintas classes sociais, etnias e religiões, que têm suas histórias de vida interligadas quando têm seus caminhos perpassados pelas diferenças das quais se mantêm distantes. Em um período de apenas trinta e seis horas dois ladrões de carro, um chaveiro mexicano e sua família, um promotor público e sua esposa, uma família de lojistas de origem árabe, um diretor de televisão negro e sua esposa, dois detetives de policia, um casal de coreanos e dois policiais se chocam revelando seus sentimentos e comportamentos em relação ao outro. O discurso de um personagem, no início da trama, revela a distância existente entre as pessoas embora estejam em um mesmo lugar e que estas sentem ausência desse contato, por isso se chocam umas com as outras, para sentir algo, o toque, a colisão.
"Em Los Angeles ninguém te toca. Estamos sempre atrás do metal e do vidro. Acho que sentimos tanta falta desse toque, que batemos uns nos outros só para sentir alguma coisa". (fala de personagem) Confrontando a trama de Crash com a psicologia social, estão explícitas no filme questões sociais como preconceito, o estereótipo e discriminação. Podemos citar o diálogo dos personagens assaltantes de carro logo no início do filme a respeito do atendimento a negros na lanchonete em que estavam. Discursaram sobre o comportamento preconceituoso das garçonetes negras ao servir clientes negros, sobre os estereótipos que as mesmas possuem de que os negros não dão gorjetas. Comentam que os cargos mais baixos na lanchonete, são exercidos pelas pessoas negras, relatam também sobre a diferença de salário dos indivíduos de