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A dificuldade de ressocialização é um problema enfrentado por todo ex-detento. Independentemente do crime cometido, ao ter a liberdade garantida, o egresso esbarra no preconceito de uma sociedade que não está preparada para recebê-lo.
Uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo revela que quem já cumpriu pena atrás das grades desperta repulsa ou ódio em 5% dos brasileiros, antipatia em 16% e indiferença em 56%. O estudo mostrou ainda que 21% das pessoas não querem encontrar ou conviver com um ex-presidiário.
Um dos grandes desafios encontrados é conseguir um espaço no mercado de trabalho. A maioria dos empresários tem receio de contratar um ex-detento. Poucos oferecem uma oportunidade.
Há quem pense que a prisão é o preço que se paga pelo crime, mas a verdade é que esse preço vai muito além. A reinserção do ex-detento na sociedade tem como principal barreira o preconceito, principalmente na hora de se candidatar a uma vaga de emprego.
É importante ressaltar que a maior parte dos presos não é formada por assassinos psicopatas, boa parte é formada por pessoas que foram lesadas em sua cidadania desde o dia em que nasceram. Muitas viveram em lares desestruturados, em meio ao alcoolismo e à prostituição e não tiveram apoio de ninguém.
BAIXA ESCOLARIDADE
De acordo com o Ministério da Justiça, em junho deste ano, aproximadamente 75% dos presidiários que estão no sistema penitenciário nacional tinham até o ensino fundamental, o que torna ainda mais difícil a busca por emprego.
CUSTO DO EMPREGO
Quando ainda estão atrás das grades, os presos que trabalham não estão sujeitos às regras da CLT, o que acaba por ser um benefício à contratação de presidiários por parte das empresas. Nesses casos, a remuneração mínima é de 3/4 do salário mínimo. Presos dos regimes fechado e semiaberto não são, ainda, considerados segurados obrigatórios da Previdência.
Após saírem da prisão, contudo, os ex-detentos são considerados cidadãos comuns e, quando contratados, são regidos pela