Colonização Espanhola
1.Mão de Obra Indígena:
Para organizar a força de trabalho a ser empregada, os espanhóis preferiram trabalhar junto às populações indígenas locais. A escravidão não era permitida, tendo em vista os interesses religiosos que a Igreja tinha na conversão da população nativa. Dessa forma, a Coroa Espanhola resolveu adotar outras modalidades de trabalho compulsório que resolvessem essa questão. Para tanto, utilizaram dos sistemas de repartimiento e da encomineda.
O repartimiento, na verdade, era uma modalidade já conhecida pelas populações indígenas anteriormente subjugadas ao império inca (mita) e asteca (cuatéquil). Esse tipo de sistema era usualmente gerido através de um sorteio onde os índios selecionados deveriam trabalhar compulsoriamente durante certo tempo. Em geral, os indígenas eram submetidos à realização de tarefas desgastantes em um ambiente bastante adverso. Ao fim da jornada, os índios recebiam uma compensação financeira de baixo valor.
Com o passar do tempo, as populações escolhidas para esse tipo de atividade passaram a receber um “partido”, ou seja, uma parcela dos metais preciosos recolhidos durante o tempo de serviço. Em outro momento, a falta de indígenas disponíveis para a execução das tarefas forçou a substituição do repartimiento pelo trabalho livre. O uso desse tipo de trabalho acarretou na desintegração de várias comunidades indígenas americanas.
Outra forma de exploração da mão-de-obra indígena foi a encomienda. Nesse sistema, o rei espanhol, na figura de seus administradores, concedia uma permissão à figura de um encomendero. Este, por conseguinte, poderia utilizar a mão-de-obra de toda uma comunidade indígena para a exploração dos minérios e terras disponíveis. Em troca, o encomendero era obrigado a oferecer a catequização a todos os indígenas postos sob a sua responsabilidade.
O encomendero não poderia tomar as terras das comunidades indígenas e a sua concessão era repassada somente às duas gerações