Colonização espanhola
Os capítulos aqui resenhados formam o primeiro volume do livro em conjunto de Gruzinski e Bernand lançado em 1991 que trata basicamente do Conquista pela Espanha (ou melhor, Castela) das áreas da Nova Espanha e Peru.
A proposta de discussão será a apresentação das teses e pontos principais dos capítulos, interligando com alguns textos debatidos no curso de História Moderna I e por fim interligá-los com algumas discussões realizadas nas aulas pelo professor.
Já no início do primeiro capítulo, que fala não especificadamente do processo de Conquista do México em si, mas sim apresenta de uma forma histórica, o surgimento desta nova sociedade colonial. Esta não começa em 1519 com a queda de Tenochtitlán. Ainda não era ainda uma sociedade, o autor aponta mais para uma ocupação militar na desordem pós-conquista, em estado de constante tensão e portanto sem uma visão tautológica, não havia nenhuma certeza de sucesso da empreitada nem do rumo que ela tomaria[1].
Esta sociedade só se inicía a partir da vinda para a Nova Espanha de povoadores, uma “segunda leva”, estes sim concisos de um projeto de colonização. Surge em cena a colonização humanista, marcada primeiramente pelo sucesso do projeto de Hernán Cortez, com a construção de uma sociedade específica, caracterizada pela junção entre os nativos e os europeus, ou como melhor define os autores “um conglomerado Híbribrido chamado Nova Espanha”. Esse conceito é fundamental para o autor: não entender a conquista como um processo de dois agentes separados, nativos derrotados e europeus vencedores, mas valorizar as relações entre esses dois mundos que vão criando a Nova Espanha.
Defineremos melhor o que o autor define como uma sociedade colonial no primeiro capítulo.