cocncurso Capital brasilia
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50 anos do concurso para Brasília – um breve histórico (1)Jeferson Tavares disponível em http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ arquitextos/08.086/234 •
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Projeto vencedor de Lúcio Costa [Brasília, cidade que inventei]
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O Concurso para o Plano Piloto da Nova Capital do Brasil – o Concurso para Brasília – foi polêmico e controvertido, ao contrário do que pensam muitos que lêem as descrições brandas da escolha do projeto de Lúcio Costa. Mas, apesar dos embates ocorridos entre 1956 e 1957, seu desfecho oferece algo mais que a concepção de uma capital. Denota, fundamentalmente os posicionamentos sobre as escolhas e, principalmente sobre os processos delineados naquele momento de euforia e ufanismo. Têm predomínio as decisões políticas autoritárias; o uso ideológico da construção de um emblema nacional; e da retórica modernista. Apesar de os projetos apresentados, na sua totalidade, representarem a diversidade e riqueza da cultura urbanística, o processo que transcorreu para a avaliação desse conjunto demonstra um cenário menos consensual e mais contraditório.
Um início contraditório
Em Jataí, Goiás, a 4 de abril de 1955, Juscelino Kubitschek é interrogado por um cidadão em meio ao seu discurso público. Afirmando que iria cumprir, rigorosamente, a constituição se eleito presidente, JK é questionado por Antonio Carvalho Soares – o Tinoquinho – se ele transferiria a capital federal para o interior de Goiás, como mencionava a constituição. Afirmativo, o candidato compromete‐se, pela primeira vez, e num discurso público, a transferir a capital federal para o Planalto Central (2).
Descrita assim, como um acaso, a biografia de JK privilegia o entusiasmo de uma Nova Capital, porém obscurece parte do processo de sua aceitação. Juscelino Kubitschek, e o próprio Israel Pinheiro – futuro presidente da NOVACAP e