CO Barros Martins Pires
PERSPECTIVAS DOS ALUNOS VS TRABALHO DOS PROFESSORES
1
Paula Barros1, Cristina Martins2, Manuel Vara Pires 3
Escola Superior de Tecnologia e de Gestão do Instituto Politécnico de Bragança
2,3
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança pbarros@ipb.pt, mcesm@ipb.pt, mvp@ipb.pt
Resumo
A nossa experiência como educadores matemáticos diz-nos que muitos alunos revelam dificuldades na compreensão de conceitos estatísticos. Por isso, desenvolvemos um estudo exploratório com futuros educadores e professores para verificar influências do trabalho desenvolvido numa unidade curricular nos seus conhecimentos e nas nossas práticas de ensino. O foco deste texto nas medidas de tendência central reflecte parte dessas influências, dado que emergiu da diversidade de dificuldades surgidas no seu tratamento e, consequentemente, da necessidade de repensar as nossas práticas.
Introdução
A estatística tem uma enorme importância na sociedade, não só pela sua aplicabilidade a diversos domínios do saber, mas também pela real necessidade de qualquer cidadão saber gerir a informação e, assim, poder tomar as suas decisões mais conscientemente.
A nível curricular, o novo programa de Matemática do ensino básico (Ponte, Serrazina,
Guimarães, Breda, Guimarães, Sousa, Menezes, Martins & Oliveira, 2007) atribui um maior destaque à Organização e tratamento de dados, assumido como um dos temas matemáticos a trabalhar desde o 1.º ciclo. Deste modo, compete à escola proporcionar uma formação em estatística que permita aos alunos a compreensão do mundo que os rodeia, pelo que a formação de professores deve dar mais relevância ao desenvolvimento do conhecimento estatístico. Além disso, os futuros educadores e professores necessitam de clarificar e aprofundar o conhecimento que foram adquirindo ao longo da sua escolaridade.
Neste texto, apresentamos aspectos de um trabalho desenvolvido na unidade curricular
Números e Estatística, integrada no 1.º ano da