Climatizador
SUZANO: UM PASSO À FRENTE
Para se diferenciar da concorrência no mercado de papel e celulose, a Suzano calcula o impacto total de suas emissões, desde os fornecedores até a porta do cliente Em 2009, a Suzano Papel e Celulose se tornou a primeira empresa do setor no mundo a calcular a pegada de carbono. Desde 2003, a Suzano fazia o inventário corporativo de emissões de gases de efeito estufa, que contabiliza tudo o que é emitido dentro da companhia. A pegada é um passo à frente, pois engloba todo o ciclo de vida do produto: são contabilizadas as emissões desde os fornecedores até a porta do cliente. "Sabemos que as empresas que medem sua pegada de carbono terão diferencial competitivo", diz Antônio Maciel Neto, presidente da Suzano. "Se o preço for o mesmo, os clientes compram de quem tem a certificação." Maciel fala com experiência. Em 2009, o pior ano para o setor em cinco décadas, a demanda dos clientes europeus caiu 30%, mas a Suzano conseguiu manter seu nível de vendas por ter certificação da Forest Stewardship Council, o selo verde mais respeitado do mundo.
O levantamento da pegada de carbono da Suzano começou com a celulose produzida na unidade de Mucuri, na Bahia, e neste ano vai se estender para a produção de papéis. A meta é que todos os produtos tenham a pegada rastreada até o final de 2011. Com isso, a companhia poderá trabalhar pontualmente em reduções. Hoje, o mercado de créditos de carbono não permite a venda de papéis com base no CO2 capturado por florestas plantadas. Caso esse tipo de papel seja reconhecido, a Suzano poderá ter receita com a venda dos créditos que gerar. A companhia planta 400 000 árvores por dia, o que representaria 7 milhões de toneladas de carbono sequestrado por