CLASSICISMO NO SÉCULO XVIII
O termo "clássico" sempre há de significar essencialmente harmonia, equilíbrio e perfeição formais valores universais perenes.
Na primeira metade do século XVIII, no auge do Barroco, a obra de Johann Sebastian Bach se destaca como um marco importante na evolução da estética musical. Constitui a síntese perfeita das conquistas musicais anteriores - representadas especialmente no apogeu das formas polifônicas -, com as transformações da linguagem musical que ocorreram no curso do século XVII, unificadas no processo harmônico cujos princípios básicos Rameau formalizara no seu Tratado da Harmonia, de 1722.
Sob o ponto de vista do equilíbrio e perfeição formal, a obra de Johann Sebastian Bach já corporifica os ideais clássicos, embora o seu estilo e linguagem representem um universo musical muito próprio, distanciando-se daquele que se vai revelar como característico da segunda metade do século XVIII, com Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e LudWig van Beethoven (1770-1827).
Podemos ainda observar que a forma fuga, de textura contrapontística tonal, que Bach elevou à sua mais perfeita expressão, foi anunciadora do formalismo com base na dialética de tonalidades que se tornaria preocupação estética dominante dos compositores do período clássico.
O período clássico musical se caracterizou pelo formalismo na busca da beleza universal, do equilíbrio e da perfeição estrutural da obra. Estes ideais se concretizam na forma sonata (bi temática e ternária), característica do primeiro movimento do gênero sonata para instrumentos ou grupos de câmara, da sinfonia orquestral clássica e do concerto para solista e orquestra.
Conceito
Sonata é o termo que designa, desde o século XVIII, uma composição instrumental para um ou mais instrumentos de forma ternária (exposição, desenvolvimento, reexposição), construída sobre dois temas e obedecendo a um plano que afirma o princípio da tonalidade.
Origens
Historicamente, a sonata