Classes socias
Por Sandra Turchi
07/06/2010
Eis um assunto fascinante, as formas como as classes sociais se relacionam com o consumo, suas diferenças e, muitas vezes, suas semelhanças. Vivemos no país dos grandes paradoxos, principalmente, quando o assunto é a disparidade social. E quando transportamos essas contradições para o mundo das compras percebemos claramente como se comportam.
Observamos uma “fila” de algumas semanas para adquirir a nova bolsa da grife Louis Vuitton, a Lockit Alligator, por R$ 58 mil, bem como a abertura de novas lojas em São Paulo da Giorgio Armani e da francesa Hermès, além da Gucci que também está chegando, para atender aos consumidores que representam menos de 1% da população brasileira, sendo que ao mesmo tempo tivemos acesso ao crescimento da classe média no país, conforme estudo da FGV, em que mais da metade da população (51,8%) recebe entre R$ 1.064 e R$ 4.591 por mês.
E como pensa e consome essa grande maioria? Para essa análise temos que considerar diferentes grupos. A começar pelas mulheres, que cada vez mais se preocupam com suas carreiras, 70% delas almejam crescimento profissional (DataPopular – Meio&Mensagem, 04/08/08) e estão preocupadas em cuidar mais de si mesmas, pois 39% desejam acrescentar academias à sua rotina, 33% cabeleireiro, 25% massagens e 20% esportes, além de 14% que querem almoços com amigas. O que isso significa? Uma enorme alteração no perfil dessas consumidoras, as mesmas que anteriormente se diziam realizadas através dos filhos.
E para os profissionais do mercado, se faz necessária muita atenção para não perderem as oportunidades advindas dessas mudanças.
Outro grupo importantíssimo a ser considerado são os jovens pertencentes a essas classes. Hoje, mais sintonizados do que as gerações anteriores, devido à facilidade de acesso via celulares e internet, não se limitam mais ao universo do seu bairro e dos seus amigos, hoje eles começam a ter um consumo similar ao