Clarice
No Brasil, grande parte dos escritores clássicos já teve sua obra reinventada pelo cinema. Machado de Assis e Guimarães Rosa são alguns dos autores que mais renderam curtas para a cinematografia nacional. O conto A Cartomante, de Machado, já foi adaptado mais de uma vez em curtas. A mistura de suspense, romance e tragédia fazem da historia um roteiro pronto para ser filmado.
A obra de Guimarães Rosa também é fonte inesgotável para as adaptações cinematográficas. Mesmo com toda a dificuldade que a literatura do mestre mineiro apresenta, os roteiristas e diretores não resistem à beleza do universo de Rosa. Roberto Santos, Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos já adaptaram ou se inspiraram em romances e contos do autor.
O programa vai exibir trechos do filme À João Guimarães Rosa, de Roberto Santos, considerado um clássico do Cinema Novo. E ainda: Eu Carrego o Sertão Dentro de Mim, de Geraldo Sarno, Famigerado, de Aluisio Salles Junior, João Rosa, de Helvécio Ratton, Quadrinho de Estória, de João Vargas e Cao Guimarães, Livro de Manuelzão, e Urucuia, de Angelica Del Nery.
Mas, além dos clássicos da literatura brasileira, escritores modernos também viraram tema e fonte para roteiros de curtas. Clarice Lispector foi mais de uma vez adaptada para o cinema. Sua obra profunda com toques geniais de simbolismo geraram filmes delicados e algumas vezes surrealistas como Clandestina Felicidade, do diretor pernambucano Marcelo Gomes, que fez um apanhado de vários contos do livro Felicidade Clandestina. Já a diretora Nicole Algranti, sobrinha da escritora, adaptou o conto o Ovo e a Galinha, do livro Laços de Família, no curta