ciências sociais aplicadas
Por essa perspectiva, o inimigo não se torna mais apenas alguém a ser refutado, mas alguém a ter seus comportamentos assimilados de forma reconstrutiva. Ao observarmos uma tática de guerra de nosso inimigo, desde que ela se adeque à nosso padrão moral, passamos a adquirir conhecimento, ao invés de rejeitá-lo.
Sempre me incomodei quando via autores da direita mais preocupados em rejeitar alguns autores esquerdistas focados em estratégia, e de forma diametralmente oposta demonstrando baixo interesse em aprender boas táticas com eles. Nada podia ser mais conveniente para os esquerdistas beneficiários.
Li vários autores mencionando Saul Alinsky. Raros diziam como reconstruir suas táticas para uso por parte da direita. Muitos costumavam dizer que ele “saudava Lúcifer” ou era “moralmente corrupto”, mas e ficamos apenas nisso? Para além da imoralidade do autor, não existiram boas táticas que se adequavam aos nossos padrões morais e que deveriam ser usadas por nós quase que imperativamente? Outros tantos citam Gramsci, mas pouco aprendem com ele. Mas a estratégia de guerra posição não é útil também para a direita? Ou mesmo o conceito de guerra cultural a partir do uso de intelectuais orgânicos? Aprender com os adversários, infelizmente, não se tornou comum para a direita.
Quem lê este blog sabe que essa tendência de recusa ao aprendizado com o oponente não apenas foi quebrada como