Civilização e Barbárie
Civilização é um complexo conceito da antropologia e história. Numa perspectiva evolucionista é o estágio mais avançado de determinada sociedade humana, caracterizada basicamente pela sua fixação ao solo mediante construção de cidades. A evolução sociocultural consiste no movimento histórico de mudança dos modos de ser e de viver dos grupos humanos, desencadeado pelo impacto de sucessivas revoluções tecnológicas (agrícola, industrial, etc.) sobre sociedades concretas, tendentes a conduzi-las à transição de uma etapa a outra, ou de uma a outra formação sociocultural. A civilização é um processo social em si, inerente aos agrupamentos humanos que tendem sempre a evoluir com a variação das disponibilidades econômicas, principalmente alimentares e sua decorrente competição por estes com os agrupamentos vizinhos. A Civilização também pode se referir à cultura de uma sociedade complexa, e não apenas à sociedade em si. Toda sociedade civilizada, ou não, tem um conjunto específico de idéias e costumes e um determinado conjunto de manufaturas e artes que a tornam única. As civilizações tendem a desenvolver culturas complexas, que incluem a literatura, a arte, arquitetura, uma religião organizada e costumes complexos associados à elite.
Barbárie é a condição de vida estranha ou contrária ao nosso modo de organizar a existência. A palavra “barbárie” é utilizada em diferentes contextos e para coisas diferentes. Para os antigos gregos (os primeiros que cunharam a palavra) significava simplesmente “alguém que não fala o idioma” (isto é, o grego). Mas, para os marxistas, normalmente, significa a etapa entre o comunismo primitivo e a primeira sociedade de classes, quando começaram a se formar as classes e, com elas, o Estado. A barbárie é uma fase de transição, quando a velha comuna se encontra em estado de decadência e quando as classes e o Estado estão em processo de formação. Como as outras sociedades humanas