Cirroses
2.1 CONCEITO DE CIRROSE HEPÁTICA ALCOÓLICA
A cirrose hepática alcoólica é uma patologia crônica do fígado a qual se caracteriza histologicamente pela substituição do tecido normal hepático por presença de fibrose e formações nodulares difusas, a qual rompe sua estrutura desorganizando sua arquitetura lobular e vascular do órgão. À medida que o tecido do fígado necrosa, ele vai evoluindo para uma fibrose, alterando a estrutura e a vascularização normal do fígado, reduzindo o fluxo sanguíneo e linfático, e por fim, leva a insuficiência hepática (BERTELLI, CONCI, 2001).
Ferré e Sancho (2003) enfatizam que normalmente a cirrose hepática alcoólica é provocada pela ingestão continuada de álcool, mais também pode ser causada devido a outras substancias tóxicas.
2.2 INCIDÊNCIA DA CIRROSE HEPÁTICA ALCOÓLICA
Um número duas vezes maior de homens é afetado em relação às mulheres, embora estas estejam em maior risco de desenvolver cirrose hepática alcoólica. Os pacientes cirróticos estão entre 40 e 60 anos de idade. No estado de São Paulo, as doenças do fígado são a segunda causa de morte entre homens de 35 a 59 anos, sendo que, 10% dos casos de óbito são devido à cirrose hepática alcoólica (RUBIN, FARBER, 2008).
Conforme Rabelo e Rangel (2007), dados atuais já são suficientes para disparar um alarme. Segundo estudos da secretaria de saúde de São Paulo, nos últimos três anos aumentou em 78% o número de mulheres que procuram tratamento nos centros de saúde. Há outros levantamentos que reforçam o alerta: os jovens estão iniciando cedo a rotina de abuso de álcool, o que pode favorecer a doenças hepáticas alcoólicas.
A cirrose hepática alcoólica geralmente é do tipo micronodular, porém nos pacientes que levam muito tempo abstinentes, pode converter-se em macronodular, ao predominarem o os fenômenos regenerativos e ter cessado o consumo de álcool, que é um inibidor da regeneração celular (BERTELLI, CONCI, 2001).
Em muitos pacientes