Circuit City: Vendendo carros como quem vende aparelhos estéreo
Um tormento!
Comprar um carro usado. É só mencionar o assunto e qualquer um que já tenha passado por essa experiência provavelmente se sentirá incomodado e imediatamente começará a contar uma triste história sobre a última vez em que comprou um carro usado. Na realidade, o que vem à mente de todos quando pensam em excesso de marketing é o vendedor de carros usados. Então por que a Circuit City, uma empresa muito bem-sucedida no ramo de aparelhos estéreo, televisores, rádios para carros e outros artigos eletrônicos, de repente começou a tentar vender carros usados? Por que, quanto todos os consultores de gerenciamento aconselham que as empresas ‘atenham-se aos seus negócios’, um varejista de eletrônicos se aventuraria a vender carros usados?
O mercado de carros usados
A resposta é simples: o preço dos carros novos. Durante os últimos dez anos, o preço médio de um carro novo subiu 70 por cento, chegando a 19 500 dólares. As características de segurança e de controle de poluição impostas pelo governo comandaram a alta dos preços. Nesse mesmo período, contudo, a renda de uma família mediana e o índice geral de preços cresceram apenas 40 por cento. Do ponto de vista de alguns consumidores, hoje os carros novos custam o mesmo que suas casas! Entretanto, eles entendem que a qualidade do carro novo melhorou e que o automóvel usado médio vendido nos pátios dos vendedores especializados tem apenas três anos e meio. Dessa maneira, raciocinam, podem conseguir um carro usado de confiança, com quilometragem baixa, e economizar de 5 a 10 mil dólares. Além disso, levantamentos demonstram que o valor que os consumidores dão aos carros novos como símbolo de status tem declinado constantemente e que o status do carro usado aumentou. Além do crescimento da demanda para carros usados, a oferta também aumentou. Para incentivar os consumidores a comprar automóveis novos, muitos fabricantes e revendedores