Ciencias Sociais Livro Imagin rio e Simb lico pdf

A INSTITUIÇÃO IMAGINÁRIA DA REALIDADE
(CORNÉLIUS CASTORIADIS. 5ª ed. RIO DE JANEIRO: PAZ E TERRA, 2000)

1 – A INSTITUIÇÃO E O SIMBÓLICO:
a) – Sobre a importância do símbolo:
→ “Os inumeráveis produtos materiais, sem os quais nenhuma sociedade poderia viver um só momento, não são (nem sempre, não diretamente) símbolos.
Mas uns e outros são impossíveis fora de uma rede simbólica”.
→ Crítica ao Funcionalismo: limitação à importância do símbolo (“inserção do simbólico em uma ordem racional”);
→ “Os detalhes possuem uma referência, não funcional, mas simbólica, ao conteúdo (ex: o candelabro com sete lâmpadas, na cerimônia religiosa)”.
→ “A escolha de um símbolo não é nunca nem absolutamente inevitável, nem puramente aleatória”;
→ Exemplo que concerne tanto ao simbolismo da linguagem quanto ao simbolismo da instituição: “conselho de ministros” X “comissários do povo”
(sobre a formação do governo bolchevista).
b) – Sobre a relação simbólica da linguagem: “Uma coisa é dizer que não podemos escolher uma linguagem absoluta e que cada linguagem se apodera ‘do que deve ser dito’. Outra coisa é acreditar que somos fatalmente dominados pela linguagem e que só podemos dizer o que ela nos leva a dizer”.

2 – O SIMBÓLICO E O IMAGINÁRIO:
→ O Imaginário representa, geralmente, a capacidade de inventar coisas, por inteiro ou complementando uma realidade já existente.
→ O Imaginário precisa do Simbólico para passar do plano abstrato para ao concreto. → “O delírio mais elaborado bem como a fantasia mais concreta e mais vaga são feitos de ‘imagens’, mas estas ‘imagens’ lá estão como representando outra coisa; possuem, portanto uma função simbólica”.
→ O Simbólico também precisa do Imaginário para a sua composição.
→ “Pois (o imaginário) pressupõe a capacidade de ver em uma coisa o que ela não é e vê-la diferente do que é”.
→ “Além da atividade consciente de institucionalização, as instituições encontraram sua fonte no Imaginário Social” (Ver ex. de Édipo e Moisés).