Ciencias contabeis
Revista de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas
A abordagem Humanística constituiu-se na mais ferrenha oposição à Administração Científica e à Teoria Clássica e seus preceitos, pois apresentou evidências da existência de outros aspectos envolvendo a produtividade humana nas organizações, de natureza não mecanicista ou operacional. Para alcançar uma maior eficiência nas empresas, reconsiderou-se vários elementos das relações e aspirações do fator humano na organização. A humanização dos conceitos administrativos mostrou-se mais viável às novas circunstâncias.
Essa teoria veio ao encontro da necessidade de humanizar e democratizar a administração, abordando o lado humano das organizações, isto é, o indivíduo deixa de ser visto como uma peça da máquina e passa a ser considerado como um ser humano
As investigações nas relações humanas incluíram psicólogos, sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, professores e praticantes de administração. Foi dada importância dada aos estudos de grupos informais, satisfação do empregado, tomada de decisão do grupo e estilos de liderança. Começou-se a enfatizar a importância da satisfação humana para a produtividade. Sentimentos, atitudes e relações interpessoais passaram a ser enfocadas, uma vez que teriam uma relação direta com o atendimento aos objetivos pretendidos pela organização. O homem passou a ser visto como um ser social.
A experiência
Em uma fábrica da Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne foi realizada uma experiência entre 1927 e 1932 por George Elton Mayo e seus colaboradores que ficou conhecida como a experiência de Hawthorne.
Mayo foi um cientista social australiano emigrado para os EUA e foi considerado o fundador da Sociologia Industrial e do Movimento das Relações Humanas. Foi professor e diretor de pesquisas da Escola de Administração de Empresas de Harvard Mayo dirigiu o projeto de pesquisa da fábrica de Hawthorne.