Cidade ideal e justiça
E dessa relação de equivalência que é originária a cidade ideal, ideal por ser justa, e só era justa por que cada uma de suas três classes realizava sua própria tarefa.
A parte racional da alma é marcada pela sua virtude que é a razão, por isso ela é quem comanda a alma. Ela junto à parte irascível deve conter e controlar as afecções da parte apetitiva. E assim o governante deve ser marcado pela razão e com os auxiliares, para governar os comerciantes, e sendo este marcado pela razão, não poderia ele se inclinar para um vício da alma já que sua virtude é a razão. Para Platão, o governante ideal serial o filósofo, pois só ele teria a boa educação e o estudo necessário para entender, e exercer sua função de acordo com os princípios citados.
A parte irascível da alma, é que leva o indivíduo a sentir irritabilidade, como por exemplo, quando o indivíduo age de certa forma, ele mesmo sua ação como injusta. Pela mistura da música e da ginástica, a parte irascível da alma não cai no vício e mantém a sua virtude que é a coragem. E assim os auxiliares devem ser na cidade ideal, a música dará a calma para que o auxiliar não caia na ira, e a ginástica dará o ritmo, a capacidade e a força que um guerreiro precisa.
A parte apetitiva da alma é a sede do apetite, do desejo e das necessidades básicas de um indivíduo, ela ocupa o maior lugar na alma, por isso a parte racional e a irascível, se juntam para controlar a parte apetitiva, para que ela seja temperante, e não caia no seu vício que seria a intemperança. Na cidade ideal os comerciantes são equivalentes a parte apetitiva, eles