Ci Ncia E Cultura O Tempo No Cinema E As Novas Tecnologias
Ciência e Cultura O tempo no cinema e as novas tecnologias
Ciência e Cultura
Online version ISSN 23176660
Cienc. Cult. vol.54 no.2 São Paulo Oct./Dec. 2002
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O TEMPO NO CINEMA E AS NOVAS TECNOLOGIAS
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Maria Dora Mourão
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A história do cinema nos mostra que o modelo de linguagem narrativo
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clássico instituído por Griffith (1), predominou no decorrer da evolução da produção cinematográfica. Um cinema com estrutura narrativa linear e
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naturalista, demonstrando respeito pela imagem captada pela câmera. No
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possibilidades de linguagem. Assim, ao lado dos irmãos Lumière (2),
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More produtores de filmes com estruturas narrativas relativamente simples, temos Georges Méliès (3) que, fascinado pela então nova tecnologia, transforma seus filmes em verdadeiras experiências de linguagem usando efeitos de imagem como substituição de objetos a partir de interrupções da câmera ou sobreimpressão feita com a própria câmera, os chamados trick effects. O objetivo é sempre o de criar uma ilusão próxima à idéia da magia. Méliès adapta seu conhecimento de teatro ao cinema. Ele constrói cenários para seus filmes, de forma a nos dar a sensação de multicamadas e de profundidade de campo no mesmo plano, o corte evidenciando a continuidade temporal e a manutenção do mesmo espaço.
Se para alguns teóricos, dentre os quais destacamos André Bazin (4), o cinema deveria exprimir a realidade do mundo registrando a espacialidade dos objetos e o espaço que eles ocupam, sem uso de artifícios e respeitando sua unidade; para outros teóricos como S. M. Eisenstein (5), por exemplo, o cinema está baseado na