Choque septico e hipovolemico
CURSO DE MEDICINA
CHOQUE SÉPTICO E HIPOVOLÊMICO
RAFAEL MACIEL DE FREITAS
RAFAELA FERNANDES GONÇALVES
PELOTAS/ 2014
1. INTRODUÇÃO
O choque é conceituado como uma síndrome clínica caracterizada pela presença de perfusão orgânica e de oxigenação tecidual inadequadas, podendo o comprometimento do fluxo sanguineo para os órgãos e tecidos ser causado por diminuição do volume intravascular, da contratilidade cardíaca e/ou da resistência vascular sistemica.
O estado de choque pode ser classificado, de acordo com as alterações hemodinâmicas presentes, em quatro categorias, ou seja, choque hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo e distributivo, sendo desse último o principal representante o choque séptico. Nesta análise daremos enfoque ao choque hipovolêmico e ao séptico.
O choque séptico é uma condição que resulta da septicemia e pode facilmente levar o paciente ao óbito. Ele ocorre com maior frequência nos recém-nascidos, nas pessoas com mais de 50 anos e nos imunodeprimidos. A sua gravidade é maior quanto menor a contagem leucocitária, tal qual nos pacientes que sofrem de câncer ou de doenças crônicas, tais como a diabetes ou a cirrose.
A condição é causada pelas toxinas produzidas por certas bactérias e também pelas citocinas, que são substâncias fabricadas pelo sistema imunológico para combater a infecção. Ocorre vasodilatação, fazendo com que a pressão arterial baixe apesar do aumento tanto do ritmo cardíaco como do volume de sangue bombeado. Os vasos sanguíneos também podem ter perdas de líquido, o qual sai do lúmen do vaso para entrar nos tecidos e provocar edema.
A quantidade de sangue que flui em direção aos órgãos vitais, particularmente os rins e o cérebro, é reduzida. Mais tarde, os vasos sanguíneos contraem-se numa tentativa de elevar a pressão arterial, mas a quantidade de sangue bombeada pelo coração diminui e, por isso, a tensão continua a estar muito