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ChinaA China será incontestavelmente um dos principais actores decisivos da cena internacional no século XXI. O país concentra actualmente 20% da população mundial do globo e produz cerca de 5% das suas riquezas; representa 12% da procura mundial da procura mundial em energia primária e detém cerca de 1,3 triliões de dólares de reservas de divisas, o que faz dela o primeiro recipiendário mundial à frente do Japão; tornou-se o segundo destino de investimentos directos estrangeiros (IDE) a seguir aos Estados Unidos, e o montante das suas transacções em bens e serviços ascende a 1,4 biliões de dólares, ou seja, 7% do total mundial. A República popular é, claramente, uma potência regional fundamental e um dos principais protagonistas da interdependência política e económica à escala mundial. Entre 2025 e 2030, segundo a maior parte das extrapolações actuais, a população chinesa será de 1,44 mil milhões: o país assistirá à subida em flecha do seu consumo energético, com uma procura de petróleo superior em 135%, de gás superior em 260% e de carvão em 105%. Para sustentar o crescimento, serão nacessárias consideráveis importações de energia e investimentos em infra-estruturas; o crescimento fará que a China triplique o seu PIB até 2025, elevando-a ao segundo lugar mundial a seguir aos Estados Unidos e terceiro se considerarmos o PIB acumulado da União Europeia, havendo mesmo a possibilidade de ultrapassar ambos em paridade de poder de compra (PPC)
A China ter-se-á tornado então a maior potência comercial do mundo. Essa superpotência económica exercerá uma atracção sem igual em toda a Ásia Oriental e do Sul – região que produzirá, por seu lado, cerca de 40% do PIB mundial (em dóllares PPC) em 2025. Há todas as razões para quer que a República Popular, que já desempenha um papel fundamental nas relações internacionais, terá uma influência determinante na futura ordem mundial; poderá estruturar a política e a economia mundiais em cooperação ou em concorrência com outros