china
De acordo com estatísticas da multinacional BP, publicadas em 2013, os BRICS foram responsáveis pelo consumo de 35% de toda a energia primária no planeta, comparado com 25% há uma década. A China tem o maior consumo energético do mundo, atualmente 22% de toda a produção. Esse consumo dobrou em oito anos e meio, enquanto o da Índia dobrou em treze anos. Apesar de seu crescimento relativamente menor, a demanda energética do Brasil aumentou quase 50% em uma década. A Rússia foi afetada severamente pela crise econômica mundial de 2008/09, mas continua sendo o terceiro maior consumidor, após China e Estados Unidos. A África do Sul também foi afetada pela crise, mas consome quase um terço da energia do continente, apesar de ter apenas 5% da população africana.
Excetuando o Brasil, a matriz energética dos BRICS depende quase 90% de combustíveis fósseis. O carvão é a principal fonte de energia da China, Índia e África do Sul. Os seus impactos causam grandes problemas sociais e econômicos, incluindo a redução drástica da expectativa de vida, principalmente nas grandes cidades da China, recorrentemente cobertas por nuvens tóxicas. Conscientes disso, nos últimos anos os BRICS deram uma guinada em direção à energia renovável. Dentre as opções, as grandes hidrelétricas continuam recebendo os maiores investimentos.
Os BRICS têm soberania sobre mais de 40% do potencial hidrelétrico do planeta. O Brasil é referência mundial, pois 35% da energia que consome é produzida por hidrelétricas, assim como a grande maioria da eletricidade. Percebendo a oportunidade, China passou a produzir mais energia hidrelétrica do