ceramica
INTRODUÇÃO
O inglês Alexander Parkes produziu o primeiro plástico, em 1862. Rapidamente, o plástico tornou-se um dos maiores fenômenos da era industrial, garantindo mais durabilidade e leveza. Mas, como em sua maioria não é biodegradável, tornou-se alvo de críticas quanto ao seu despejo nos aterros, que crescem junto com a explosão populacional.
Até pouco tempo atrás era importante descobrir materiais cada vez mais duráveis para utilização diária no mercado e dentre estes estavam os plásticos, com grande variedade de aplicações, devido a suas propriedades, versatilidade de uso e preço1. Como o uso dos plásticos vem aumentando muito no mundo todo (mais de 100 milhões de t/ano de plásticos produzidos)2, conseqüentemente é grande a quantidade de resíduos plásticos descartados no meio ambiente, isto é, 20% do volume total3-5. Os plásticos sintéticos, materiais formados de macromoléculas, denominados polímeros (do grego: polimuitos, meros-partes, unidades), são muito resistentes à degradação natural, quando descartados no meio ambiente, isto é, em aterros ou lixões municipais, daí seu acúmulo cada vez mais crescente6,7. O consumo de plásticos per capita no mundo é de 19 kg8, sendo que nos EUA é de 80 kg, na Europa 60 kg9 e na Índia 2 kg9. Os plásticos mais utilizados na vida diária, desde 1940, têm sido polietileno (PE), polipropileno (PP), poliestireno (PS), poli(tereftalato de etileno)
(PET) e poli(cloreto de vinila) (PVC) que, apesar do avanço no processamento e fabricação, geram dois grandes problemas: o uso de fonte não-renovável (como o petróleo) para obtenção de sua matéria- prima e a grande quantidade de resíduos gerada para descarte10.
Além disso, é sabido que muitos plásticos exigem mais de 100 anos para degradação total, tendo em vista que sua alta massa molar média e hidrofobicidade dificultam a ação dos microrganismos e de suas enzimas na superfície do polímero11,12.
Para tratar de tanto resíduo plástico tem sido