Cenário Econômico Internacional
Os acordos internacionais do período apresentavam, portanto, um caráter eminentemente liberal. A política econômica adotada no Brasil no período 1946-1951 seguiu, em primeira instância, os preceitos liberais. VIANNA (1988) argumenta, entretanto, que o país não diagnosticou de forma precisa o ritmo e o próprio movimento nos mercados internacionais da época. A interpretação equivocada do governo Dutra expressa-se em três pontos: a idéia de que o pais encontrava-se em situação confortável em termos de reservas cambiais, a suposição de que uma política liberal de câmbio seria capaz de atrair expressivo fluxo de capitais externos ao país e a aposta nos Estados Unidos como grande credor do país em contrapartida a colaboração brasileira durante a segunda guerra mundial.
Em linhas gerais, a política econômica adotada então privilegiou o combate à inflação, expressa na adoção de políticas monetária e fiscal contracionistas (notadamente até 1949). No que se refere à balança comercial, nota-se que o Brasil apresentava um desempenho favorável com os países de moeda de baixa conversibilidade (moedas fracas) e desfavorável com os países de moeda forte (de elevada conversibilidade). No período pós-guerra,